A vacinação contra a covid-19 avança no Brasil e tão importante quanto ser imunizado, é ficar atento aos eventuais exames e procedimentos médicos que precisam respeitar o intervalo entre a vacinação para que possam ocorrer com segurança. As mulheres devem ter um cuidado ainda maior quando for realizar a mamografia após receberem a vacina contra a Covid-19. Algumas pessoas podem desenvolver linfonodopatias axilares, que é o aumento dos linfonodos (gânglios), mas que pode ser causado por qualquer injeção ou vacina, não apenas pelos imunizantes contra a Covid-19. De acordo com o mastologista Henrique Lima Couto, a mulher não deve deixar de realizar a mamografia, mas respeitar o intervalo entre a vacinação para não prejudicar o diagnóstico mamário. “A recomendação é que exames de mamografia sejam realizados antes da primeira dose da vacina ou duas a quatro semanas depois da aplicação da segunda dose. Se a linfonodopatia permanecer, recomendamos a investigação, para excluir a malignidade mamária ou de outra origem extramamária,” afirma.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), confirmam a informação e já divulgaram recomendações para conduta frente à linfonodopatia axilar em pacientes que receberam recentemente a vacina para COVID-19.
O mastologista também alerta para que as pacientes tomem cuidado com as fake news que circulam principalmente em aplicativos de mensagens e redes sociais, afirmando que a vacina contra o coronavírus podem causar câncer. “As vacinas não provocam câncer e nem facilitam a descoberta da doença. O momento é oportuno para manter exames e consultas médicas rigorosamente em dia, trabalhando na prevenção e combate ao câncer de mama”, garante o médico.
