Resultado em 30 minutos: A “Mamotomia” ou “Biópsia a vacuo” é considerada um dos exames mais assertivos para o diagnóstico do câncer de mama e o resultado sai em 30 minuto
Quando uma mulher recebe a notícia de que tem um câncer de mama, geralmente o diagnóstico vem acompanhado da informação de que ela será submetida a procedimentos cirúrgicos agressivos, como a retirada de um quadrante da mama, ou mesmo uma mastectomia radical completa (retirada da mama). Até mesmo na fase de investigação, em alguns casos a mulher precisa fazer cirurgias para confirmar ou não um diagnóstico, gerando medo, dúvida e expondo a paciente aos riscos comuns a qualquer cirurgia.
Segundo o Coordenador do Departamento de Imagem Mamária da SBM, o mastologista Henrique Lima Couto, cerca de 80% das suspeitas de câncer vêm de um nódulo palpável, encontrado pela própria paciente ou por meio de uma mamografia alterada. A partir daí é uma luta contra o tempo para tirar as dúvidas, driblar as incertezas e ser assertivo no diagnóstico. A cirurgia para a retirada de nódulos era até então o meio mais seguro pra fazer isso. “Até pouco tempo atrás a maioria dos nódulos suspeitos eram retirados em cirurgia de médio/grande porte, especialmente aqueles de difícil acesso. A paciente era submetida à internação, com anestesia, cicatrização demorada, afastamento do trabalho, entre outras complexidades”, relata o médico.
O médico explica que a mastologia está trilhando um novo caminho em que muitas mulheres têm as mamas preservadas graças a procedimentos como a Mamotomia ou Biópsia a Vácuo: um exame semelhante a uma biópsia convencional, só que feito com uma agulha à vácuo, que literalmente “suga” o nódulo que é alvo da investigação. “Este exame tem substituído cirurgias grandes, com uma taxa elevada de sucesso, trazendo grande comodidade para a paciente, resultados rápidos e precisão no diagnóstico”, explica. A Mamotomia é feita em consultório mesmo, com anestesia local. “Em até 20 minutos é possível saber o resultado”, detalha.
Segundo o médico, as cirurgias continuam sendo de extrema importância, pois existem tumores de difícil acesso. O especialista explica ainda que, mesmo no bloco cirúrgico e com o intuito de preservar as mamas, médicos têm adotado novas técnicas para retirar tumores pela borda da aréola e mamilo ou pelo sulco mamário, com menor risco de complicações e melhores resultados estéticos. “Esse tipo de cirurgia evita que a mulher tenha o estigma de uma cirurgia radical, com cicatrizes no meio do seio. Lembrando que esses procedimentos podem ser combinados com a radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia, conforme orientação médica”, enfatiza.